EXAMES INDICAM QUE O MOTORISTA, ANTES DO ACIDENTE, USOU ÁLCOOL, COCAÍNA E ECSTASY
- 21/01/2025

Exames indicam que o motorista da carreta bitrem que provocou o grave acidente na rodovia BR-116, ao passar por Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no interior de Minas Gerais, usou álcool, cocaína e ecstasy. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (21), no Espírito Santo. A informação foi confirmada pelo governador Romeu Zema (Novo) nas redes sociais.
A prisão do motorista foi decretada pelo juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da cidade. Em 21 de dezembro, o veículo transportava um bloco de granito, que se desprendeu e colidiu com um ônibus, causando a morte de 39 pessoas — entre adultos e crianças. Essa foi a maior tragédia em uma rodovia federal desde 2008.
Segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ele se apresentou às autoridades, após o acidente, em 23 de dezembro, e teve a urina coletada para a realização dos exames. Neles, ficou evidenciado o consumo de álcool e de drogas.
Além disso, o magistrado considerou a ausência do motorista no local do acidente, o sobrepeso da carga da carreta, a ausência de conferência das condições de transporte da carga pelo motorista, o excesso de velocidade do veículo, a jornada exaustiva de viagem e a falta de descanso adequado.
Na avaliação do juiz, os fatos evidenciavam “a absoluta irresponsabilidade e inaptidão para exercício de seu ofício”. O magistrado citou, em sua decisão, o excesso de velocidade do caminhão, que trafegava a 90 km/h, quando o permitido para a via era de 80 km/h, e o excesso de peso transportado, que superou 68 toneladas, sendo que cada reboque possuía capacidade máxima de carga de 30 toneladas.
Assim, ele entendeu não se tratava de “simples descuido ou inobservância de um dever de cuidado objetivo, mas em deliberada assunção de risco, mormente quando embalado pelo uso de drogas diversas”. Detalhes de onde ele foi preso não foram divulgados.
Glauber Bernardes - Rádio Ativa